segunda-feira, 27 de junho de 2011

Unidade de Polícia Pacificadora.

Policiais da UPP do Turano, na Tijuca. 

   Conhecida também pela sigla UPP, é um projeto da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro que pretende instituir polícias comunitárias em favelas principalmente na capital do Estado, como forma de desarticular quadrilhas que antes controlavam estes territórios como estados paralelos.
   Antes do projeto, inaugurado em 2008, apenas a favela Tavares Bastos, entre mais de 500 existentes na cidade, não possuía crime organizado (tráfico de drogas ou milícia).
   A primeira UPP foi instalada na Favela Santa Marta em 20 de novembro de 2008. Posteriormente, outras unidades foram instaladas na Cidade de Deus, no Batan, Pavão-Pavãozinho, Morro dos Macacos, entre outras favelas. Em algumas delas, o crime organizado já foi totalmente expulso, enquanto em outras está em avançado processo de desmantelamento.
   O programa tem sido bem avaliado por especialistas, no entanto havia sofrendo críticas no início devido ao fato de as comunidades que mais rapidamente têm recebido este serviço seriam aquelas situadas próximas à Zona Sul, a mais rica da cidade, sendo uma forma de, portanto, reduzir a criminalidade nos bairros mais ricos, e não naqueles mais violentos, como deveria ser de se esperar. A essas críticas, respondem as autoridades que a iniciativa de iniciar na Zona Sul do Rio essa operação, onde se situam favelas menores, é consequência da necessidade de maior efetivo policial para ocupar as favelas maiores, como o Complexo do Alemão.
   A segurança nas comunidades é importante, mas é preciso saber qual o critério que a secretaria de Segurança Pública utiliza para escolher as comunidades a serem atendidas pelas UPPs. Estudos mostram que há outras regiões mais problemáticas e que precisam de mais segurança do que as favelas daquela região. As comunidades do subúrbio, da região central do Rio de Janeiro e do entorno da Tijuca são exemplos. É preciso mapear as áreas e traçar ações mais estratégicas. Além disso, é necessário que os governos realizem ações integradas nas áreas da saúde, educação, cultura e lazer nas comunidades.
   A Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro disponibiliza um site em que é possível obter um melhor conhecimentos sobre as UPPs, http://upprj.com/wp/ e possui também um twitter http://twitter.com/#!/uppreporter . Vejo esses meios de comunicação muito interessantes, pois a população pode ver o que está acontecendo sem mesmo sair de casa.

Notícia de uma Guerra Particular.

 

``Notícias sobre uma Guerra Particular´´ é um documentario feito em 1999, que aborda desda criação do Comando vermelho (CV), até suas seguintes divisões. Mostrando assim que seu inicio foi apenas para tampar buracos sociais que o estado insistia em esquece-lôs dentro das chamadas favelas.
Comenta também a respeito da atuação da polícia, afirmando que a sociedade aprova desigualdades dentro dela, sendo aceito tratar  com muita violencia as comunidades periféricas e sem nenhuma aceitação de atividades brutas nas regiões consideradas burguesas.
Tendo inseridos diversas visões, desdo traficante, menor infrator, policiais do BOPE, chefe da polícia civil e moradores.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Desmatamento.

  Diante de tantos problemas sociais que acometem na cidade do Rio de Janeiro, esquecem de voltar os olhos para algo que todos os dias os cariocas tanto admiram: a paisagem natural da “cidade maravilhosa”. Nos últimos dez anos, pelo menos, é visível o processo de desmatamento de encostas e morros.
   Diretamente proporcional a esse caos, o crescimento das favelas ao redor da cidade é um dos, senão, o principal responsável pela degradação da paisagem. De acordo com a reportagem publicada no jornal O Globo, de 01/07/2006, uma auditoria realizada no final de 2004 pelo Tribunal de Contas do Município descobriu que 17 favelas, entre elas o Morro da Babilônia, no Leme, ocupavam áreas de preservação ambiental. Na mesma matéria, consta uma denúncia de que moradores de favelas daquela região, que haviam sido contratados pela prefeitura para reflorestamento das áreas verdes teriam desmatado as encostas. Segundo os próprios moradores declararam na ocasião, a expansão da favela vinha em direção aos prédios desde 2002 seguindo pelas clareiras abertas, com a construção de novos barracos.
   Evitando o distanciamento extremo, a população opta por ocupar áreas ingremes da cidade, contribuindo para a expansão do desmatamento nessas encostas, o que além de agravar a situação ambiental urbana, tende a tornar aquele espaço uma área de risco propensa a desmoronamentos.
Favela no bairro da Tijuca.
As linhas vermelhas demarcam a área ocupada pela favela.
As linhas amarelas demarcam a área disponível para
expansão da favela. 
   A relação desmatamento-favelização se torna ainda mais interligada se verificarmos dados do Censo 2000 do IBGE para o crescimento destas comunidades. Para não fugirmos do exemplo acima, o documento mostra que a favela da Babilônia tinha 381 domicílios e 1.426 moradores. Em 2006, a Associação de Moradores do Morro da Babilônia afirmou que a entidade já contava com 600 associados, representando cerca de 2.600 pessoas. Ou seja, um aumento de cerca de 45%.
   Outros bairros e regiões como Santa Teresa e Barra da Tijuca não estão isentas deste processo. Em 2005, a vereadora Aspásia Camargo, então presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Vereadores, apresentou proposta para tentar frear a favelização em Santa Teresa que, na época, contava com 20 comunidades no interior do bairro e vizinhanças. Algumas cresceram e crescem tanto que perigam até se unir às favelas de Laranjeiras, bairro vizinho. É importantíssimo lembrar que Santa Teresa, assim como vários pontos da Barra da Tijuca estão localizados em regiões de Área de Proteção Ambiental (APA) e, portanto, muito restritiva quanto a sua ocupação.
   Na Região dos Lagos, a situação não é diferente. Há dois anos, técnicos do Ibama sobrevoaram a Região dos Lagos para identificar as áreas degradadas e o surgimento de novos loteamentos nos municípios de Saquarema, Arraial do Cabo, Cabo Frio e Armação dos Búzios e constataram também o aumento das favelas que cercam as cidades.
   Enquanto a cidade formal tem várias normas, a ocupação ilegal em encostas, áreas de proteção ambiental e outras áreas verdes não pára de aumentar livremente. A questão parece passar pela omissão das prefeituras em combater o avanço da favelização nestas áreas e pela acomodação da população a esta triste realidade. Poucos programas sociais aliados à falta de oferta de habitações para baixa renda completam os ingredientes deste coquetel explosivo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Turismo na favela.

Vídeo falando da opção de turismo na favela.

Crescimento e controle.

   Nos últimos anos, tem sido observado um grande crescimento no número de favelas devido ao aumento da população urbana em países em desenvolvimento e subdesenvolvidos.
   Em abril de 2005, o diretor da UN-HABITAT, afirmou que a comunidade global foi aquém das Metas de Desenvolvimento do Milênio que visavam melhorias significativas para os moradores de favelas, sendo que um adicional de 50 milhões de pessoas passou a morar em favelas ao redor do mundo nos últimos dois anos. De acordo com um relatório de 2006 da UN-HABITAT, 327 milhões de pessoas vivem em favelas em países da Commonwealth - quase um em cada seis cidadãos dessa comunidade. Em um quarto dos países da Commonwealth (11 africanos, 2 asiáticos e 1 do pacífico), mais do que dois em cada três habitantes urbanos vive em favelas e muitos destes países estão se urbanizando rapidamente.
   O número de pessoas vivendo em favelas na Índia mais do que dobrou nas últimas duas décadas e agora excede ao de toda a população do Reino Unido, segundo anúncio do governo indiano. O número de pessoas vivendo em favelas é projetado para aumentar para 93 milhões em 2011, ou 7,75% da população total do país.
   Muitos governos ao redor do mundo têm tentado resolver os problemas das favelas através de despejos e desapropriações e sua substituição por habitações modernas e com saneamento muito melhor. A deslocação de favelas é beneficiada pelo fato de que muitos desses assentamentos precários não têm direitos de propriedade e, portanto, não são reconhecidos pelo Estado. Este processo é especialmente comum em países em desenvolvimento. A remoção de favelas muitas vezes toma a forma de desapropriação e de projetos de renovação urbana, e muitas vezes os ex-moradores não são bem-vindos na nova habitação. Por exemplo, na favela filipina de Smokey Mountain, localizada em Tondo, Manila, projetos têm sido aplicados pelo governo e por organizações não-governamentais para permitir o reacentamento urbano dos moradores da favela. De acordo com um relatório da UN-HABITAT, mais de 2 milhões de pessoas nas Filipinas moram em favelas, sendo que apenas na cidade de Manila, 50% dos mais de 11 milhões de habitantes vivem em áreas consideradas favelas.
Favela Villa 31 em Buenos Aires, Argentina.
Em alguns países, os governantes abordaram a situação resgatando os direitos de propriedade rural para apoiar a agricultura sustentável tradicional, no entanto essas ações têm sofrido forte oposição de corporações e capitalistas. Essas ações do governo também tendem a ser relativamente impopulares entre as comunidades faveladas em si, uma vez que envolve mover os moradores de volta ao campo, uma inversão da migração rural-urbana que originalmente trouxe muitos deles para a cidade.
   Os críticos argumentam que as desapropriações de favelas tendem a ignorar os problemas sociais que causam a favelização e simplesmente redistribuem a pobreza para regiões de menor valor imobiliário. Quando as comunidades são retiradas das áreas de favelas para uma nova habitação, a coesão social pode ser perdida. Se a comunidade original for movida de volta em novas habitações, depois desta ter sido construída no mesmo local, os moradores das novas casas enfrentam os mesmos problemas de pobreza e impotência. Há um crescente movimento para exigir uma proibição global dos programas de remoção de favelas e outras formas de expulsões em massa. 
Favela em Caracas, Venezuela.

   Um relatório da ONU, relativo a 2010, apontou que 227 milhões de pessoas deixaram de viver em favelas na última década. Na Índia, a redução da população favelizada no mesmo período foi de 125 milhões.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A favela nos cinemas.

O filme "Tropa de Elite" retrata a luta da polícia contra o tráfico de drogas e o abuso de autoridade de policias, um assunto muito polêmico.